quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hit de Cyndi Lauper vira 'breguinha roots' (Academia da Berlinda)




Clique aqui e baixe a versão da ACADEMIA DA BERLINDA para 'Time after time'
Academia da Berlinda transforma 'Time after time' no "breguinha roots", 'Não me quis mais...'

Numa quinta-feira de janeiro, recebemos a ligação da produção de um jornal de Recife convidando-nos para escolher uma música da Cyndi Lauper e realizar uma gravação para uma matéria em homenagem a cantora Cyndi Lauper que realizaria show na outra semana em Recife. De pronto aceitamos o convite e na sexta-feira entramos no Maruim Estudio (nossa própria casa de inspiração) e ficamos num dilema de qual música seria. Como Alexandre Urêa desde seus primórdios tem o hábito de sair cantarolando paródias de clássicos da música americana, foi o primeiro a puxar a melodia já cantada em português e daí deu no que vocês podem ouvir no player acima. 'Time after time' de Cyndi Lauper se transformou em 'Não me quis mais...' e foi gravada nos Fábrica estúdios para matéria da Folha PE que ainda contou com Zé Cafofinho e Bê Formiga, também realizando releituras da cantora.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Site/Livro mostra toda a beleza de Olinda através de fotografias


Bela iniciativa surgiu na última semana na rede. Foi lançado um livro e um site, com o objetivo de divulgar o farto material fotográfico que serviu de base para o pleito da cidade de Olinda a Patrimônio da Humanidade, em 1982. 

Após 29 anos, o fotografo Pedro Lobo, retorna a Olinda e organiza uma nova documentação, desta vez colorida e lança um livro que tem como objetivo divulgar a cidade mais bela do País.

A seguir, texto extraído do site sobre os objetivos do projeto:



O que é o lindaOlinda?

O projeto lindaOlinda tem início com uma ação em 1981, quando o sítio histórico de Olinda foi objeto de uma farta documentação fotográfica para compor o dossiê que pleiteava o título de patrimônio da humanidade para esse sítio histórico. Essa documentação foi realizada pelo fotógrafo Pedro Lobo e os negativos se encontram preservados no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. O retorno do mesmo fotógrafo, 29 anos depois, ao mesmo sítio e uma nova documentação, dessa vez feita colorida, somados a textos, gerou o livro lindaOlinda. Ao projeto, se soma este site, idealizado e construído pela Atela, que também tem o objetivo de democratizar o conteúdo do livro, disponibilizando-o para download gratuito em várias extensões de tablets.

A edição de luxo, feita em capa dura, tem 208 páginas e é trilingue - português, inglês e francês. O livro tem textos de Marcos Vinicios Vilaça, Leonardo Dantas Silva, José Luiz Mota Menezes, Edson Nery da Fonseca, Jurema Machado e Sonia Calheiros, e entrevistas com diversos moradores e trabalhadores do sítio histórico. A organização é da designer pernambucana Gisela Abad, edição da Caleidoscópio, design gráfico da equipe 2abad, produção gráfica de Robson Lemos e impressão da Gráfica Santa Marta.

Ainda sobre este site, esclarecemos que ele é composto de uma parte editorial e uma parte colaborativa. Qualquer um pode compor sua galeria com imagens, textos e som e se somar a esta ação de difusão e preservação de Olinda. Deve ser respeitada a legislação vigente quanto a direitos autorais e ao decoro.

Há ainda um arquivo de educação patrimonial que se soma às ações do projeto e que foi distribuído nas escolas situadas nesta área de preservação e que também se encontra disponível neste espaço virtual para download. O arquivo tem o conteúdo desenvolvido pela pedagoga Sandra Dias e propõe exercícios que também podem ser divulgados neste espaço virtual.

A captação foi de Jorge Wanderley do Instituto Ondular.

Para chegarmos a isso, contamos com a aprovação do projeto, pelo Ministério da Cultura – MinC, por intermédio do Programa Nacional de Apoio à Cultura – Pronac, e tivemos ampla acolhida do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, como patrocinador, e o apoio da Prefeitura de Olinda.

Gisela Abad
designer

Pedro Lobo
fotógrafo

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1 ano de combatividade



Após pouco mais de 1 ano de existência, o Blog do Mago vem a público agradecer aos recém conquistados 10.000 acessos, com apoio de todos que acessam e contribuem para a construção de uma nova rede de informação livre em nosso país.

A vida de um blogueiro não é fácil, muito menos no Brasil, onde o acesso a internet ainda é muito limitado e os meios de comunicação estão concentrados nas mãos de pouquíssimas famílias. Porém, a iniciativa de cada um ajuda a democratizar o acesso a informação e a luta de idéias na nossa sociedade. Buscamos sempre trazer a público questões importantes que a grande mídia esconde. A luta é dura, mas vale a pena!

O Blog do Mago começa esse segundo semestre de folego renovado e com a combatividade que é de costume! Vamos em frente, rumo a uma sociedade mais justa e sem opressões!


Obrigado a todos e Firme na Luta!

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Estudante de sociologia, novo presidente da UNE quer ser professor e espera ver o fim do analfabetismo


Daniel Iliescu

                                                                 O carioca Daniel Iliescu, 26 anos, torcedor do Flamengo e aluno de ciências sociais da UFRJ, foi eleito em Goiânia ao final de um processo que envolveu mais de 1,5 milhão de estudantes

A União Nacional dos Estudantes (UNE) finalizou o maior Congresso de sua história neste domingo (17), elegendo o jovem Daniel Iliescu, do Rio de Janeiro, como seu novo presidente. Oito mil estudantes de todo o Brasil participaram do Congresso em Goiânia, que em sua etapa preparatória nos estados reuniu os votos de mais de 1,5 milhão de alunos de universidades públicas e particulares. Houve, no total, votação em 97% das universidades de todo o país. O encontro marcou um novo recorde de participação dos jovens neste que é o maior e mais importante fórum do movimento estudantil brasileiro.

A chapa de Daniel Iliescu, "Movimento estudantil unificado para as mudanças do Brasil", foi eleita com 2,369 mil votos, o que representa 75,4% dos votos dos 3.138 delegados credenciados que votaram no 52º Congresso. Concorreram também as chapas, "Oposição de Esquerda" (18,5% - 581 votos), "MUDE - Movimento UNE democrático" (5,8% 183 votos) e "Por uma nova UNE" (0,1% - 5 votos).

A partir de agora, Iliescu ocupará o mesmo cargo que já foi de importantes nomes da vida pública brasileira como José Serra (ex-governador de São Paulo), Orlando Silva (ministro dos Esportes), Aldo Rebelo (deputado federal) e Lindbergh Farias (senador).

- Flamengo, Sociologia e Smartphone

Quem se depara com o novo presidente da UNE em uma roda informal de bate papo ou na tranquilidade carioca de um chopp para o happy hour, não encontra ali discursos insuflados ou debates calorosos de ideias. De natureza calma, óculos no rosto e sorriso leve, o estudante Daniel Iliescu, de 26 anos, é do tipo que prefere sempre ouvir antes de falar, e faz questão de que todos falem.

Estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está encerrando o bacharelado –onde desenvolveu gosto pela pesquisa e foi bolsista– para iniciar a licenciatura, preparando-se para ser professor. Entre seus grandes sonhos, está o de trabalhar nas salas de aula do país: "Espero ver o fim do analfabetismo no Brasil em breve, se todos se empenharem", afirma. Nascido na capital carioca e criado em Petrópolis, é filho de uma mãe psicóloga e um pai engenheiro que, apesar de suas formações, decidiram também virar professores.

O jeito afável e manso, no entanto, não é o mesmo quando tira os óculos e pega o microfone, liderando os estudantes nas ruas, em protestos e lutas difíceis do movimento estudantil. Foi o lado enérgico e capaz de contagiar milhares de jovens que levaram Daniel Iliescu, enquanto foi presidente da União dos Estudantes do Rio de Janeiro, a conquistar vitórias históricas no estado como a aprovação do meio passe nos transportes para estudantes do Prouni e cotistas de universidades da capital.

A energia também é muito bem gasta no Maracanã ou em frente à TV assistindo aos jogos do Flamengo, por quem se permite ser alienavelmente apaixonado. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PC do B) e defensor do projeto de transformação social iniciado pelo governo Lula, Daniel confessa que não ergue o ex-presidente ao pedestal de maior ídolo da sua vida: "Se eu colocar o Lula lá, qual lugar vai sobrar para o Zico?", brinca.

Quando volta a falar sério, diz que espera incluir o Flamengo e outros grandes times do país em uma campanha pela educação brasileira: "Quero convidar o Ronaldinho Gaúcho e outros grandes jogadores camisa 10 a utilizarem o número de suas camisas em uma campanha pelo investimento de 10% do PIB em educação, para melhorar as escolas e pagar melhor os professores do país". A UNE critica a proposta do governo Dilma Rousseff, no projeto do Plano Nacional de Educação, de investir somente 7% do PIB nesse setor até 2020. Atualmente os investimentos são de cerca de 5%. Iliescu defende um grande pacto pela educação nacional, que seja maior do que as divergências entre os partidos e grupos políticos, reunindo estudantes e outros setores da sociedade.

Unindo o lado sociólogo ao lado militante, Iliescu teoriza sobre o modelo histórico de exploração das riquezas naturais no país, para defender também o projeto que destina 50% do fundo social do Pré-Sal somente para a educação. Seria uma forma de transformar um recurso não renovável em benefício social direto, como não foi feito durante os ciclos do pau-brasil, do ouro ou do café.

Daniel não se enquadra nem ao estereótipo do estudante bicho-grilo – apesar de confessar um passado de dread locks no cabelo – nem de moderninho – apesar de se lembrar que a cabeça também já foi pintada de azul. Fã de samba e de rock progressivo, de mochila nas costas e tênis batidos, acompanha as últimas notícias pelo smartphone, um Motorola Atrix, de onde acessa o Twitter e o Facebook, sempre postando ou repassando alguma coisa. Monitora os blogs de política pela internet, mas afirma que não abre mão também dos jornais de papel: "Leio a Folha de S. Paulo e o Globo todos os dias".

O novo presidente da UNE se diz satisfeito com a recente onda de marchas e movimentos independentes, muitas vezes iniciados na internet, que têm ocupado as ruas do país. Iliescu espera, em sua gestão, melhorar a participação da UNE na rede digital e ampliar os temas em discussão dentro da entidade, como por exemplo a questão das drogas. Pessoalmente, se diz contra a política proibicionista do estado e defende que o debate a favor e contra a legalização da maconha também tenha espaço, democraticamente, dentro do movimento estudantil.

Durante os próximos dois anos, Daniel Iliescu será o representante dos milhões de universitários brasileiros, sustentando seus direitos e amplificando seus anseios. Sabe que a agenda é grande e os compromissos são muitos. Já chega a admitir que terá um pouco menos de tempo para a namorada Bianca, de quem está sempre junto, mas não se preocupa: "De dia, estarei estudando ou militando pela UNE. De noite, seja em casa ou na balada, estarei sempre do lado dela", promete o presidente, que sonha em casar e ter filhos.

sábado, 9 de julho de 2011

Clipes Rochedos: The Scientist - Coldplay

Dando continuidade a série: 'Clipes Rochedos', uma super produção da galera do Coldplay. O clipe de trás pra frente da música The Scientist, do álbum "A Rush of Blood to the Head", de 2002.



Boa Semana!

e lembre-se, use cinto de segurança! hehe

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Negros são maioria entre os jovens assassinados, diz estudo

Levantamento realizado no Espírito Santo apontam índice de mortes de 77% da juventude negra.

O número de jovens vítimas de homicídios no Espírito Santo chegou a 391 de janeiro a maio deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança. Levantamento do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) apontam que 77% são negros. Esses dados foram apresentados na noite da última quinta-feira (30) no Plenário Dirceu Cardoso da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), em sessão especial proposta pelo deputado Claudio Vereza (PT) para debater a “Juventude em Marcha Contra a Violência e Extermínio”. A intenção do parlamentar foi inserir o jovem na discussão, e o Plenário ficou cheio deles.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Gilmar Ferreira de Oliveira, opinou que as políticas voltadas para os jovens não podem ter a “lógica policialesca”, mas serem voltadas para a questão dos direitos humanos e da cidadania. Segundo ele, os jovens querem ser ouvidos para opinar sobre as políticas que querem. O número de jovens vítimas de homicídios no Espírito Santo chegou a 391 de janeiro a maio deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Levantamento do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo apontam que 77% são negros.

A coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos da Ufes, professora Eugênia Raizer, foi a palestrante da noite. Mostrou estudo desenvolvido por ela e pela estudante de Serviço Social da Ufes, membro do Núcleo, Silvana Ribeiro da Silva. E começou tentando definir o que é um jovem. Pensadores tentaram definir o termo juventude, e um brasileiro dividiu em categorias: a juventude dourada (classe alta ou média alta, de cor branca ou amarela), a trabalhadora (50% do total de 15 a 24 anos), os pobres, os vulneráveis (meninos de rua ou de classes baixas que vivem processo de exclusão social nas grandes cidades) e os infratores (pertence a várias camadas sociais e etnias).

A Política Nacional da Juventude considera jovem aquele que tem entre 15 e 29 anos, com subdivisões. Eugênia Raizer mostrou dados que indicam o crescimento do número de homicídios envolvendo jovens no Espírito Santo. Somavam 30,3% em 1998 e chegaram a 38,7% em 2008. Houve crescimento da média nacional, mas o Estado está acima dessa média.

A professora observou que no Espírito Santo o crescimento econômico não se reflete em benefícios sociais, as riquezas não implicam na superação das desigualdades sociais e o mapa da violência segue o das desigualdades. Mostrou um mapa de Vitória onde pontos vermelhos marcavam locais de homicídios em 2008: mais concentrados nas regiões carentes, quase inexistentes nos bairros abastados.

O Estado ocupa o terceiro lugar no triste ranking dos números de homicídios de jovens no Brasil. Em 2010, na Região Metropolitana da Grande Vitória, os municípios de Serra, Cariacica e Vila Velha tinham o maior número de ocorrências, seguidos de perto por Vitória. Em Viana, Guarapari e Fundão, o número foi bem menor. De janeiro a maio deste ano, dos 735 assassinatos, 391 foram de jovens, números concentrados na faixa dos 18 aos 24 anos. Somente em abril foram 91 homicídios, cerca de três jovens mortos por dia, lamentou Eugênia Raizer. O número de jovens negros assassinatos gira em torno de 77% do total; 9% são brancos e em 14% dos casos a cor não é informada.

Hildete Emanuelle Nogueira de Souza, membro da coordenação da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens, assegurou que a violência não começa com o disparo de um tiro, mas muito antes, num histórico de exclusão, de racismo, de violência nas escolas, “que ninguém quer falar, ninguém quer debater”. Começa dentro de uma sociedade que vive com medo e “coisifica” o ser humano.

As Pastorais da Juventude do Brasil, ligadas a Igreja Católica, desencadearam a campanha, lembrou, acrescentando que é preciso ultrapassar os muros da igreja e buscar parcerias com movimentos sociais e casas legislativas. Eventos como a sessão desta quinta, que atraiu o secretário municipal de Direitos Humanos de Vitória, João José Barbosa Sana, e a secretária municipal de Assistência Social, Ana Petronetto, bem como o membro da coordenação estadual da campanha, José Luiz Augusto Bedoni.

Fejunes lamenta ausência do Governo na Sessão - Coordenador do Fórum Estadual de Juventude Negra – Fejunes, Luiz Inácio, criticou a ausência de representantes do Governo no debate. “Infelizmente essa ausência não é pontual, ela se dá em diversos momentos. Existe uma resistência muito grande das autoridades em dialogar sobre esse tema. Enquanto isso dezenas de jovens são exterminados em nosso estado”, enfatizou.

Luiz Inácio ainda cobrou retorno da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social que, segundo ele, até o momento não convidou os articuladores da Campanha para uma nova rodada de conversa a respeito do projeto “Juventude pela Vida” proposto pelas organizações juvenis ao Governo e que visa o protagonismo da juventude no enfrentamento da violência. “Já faz mais de dois meses que aguardamos retorno da SESP para dialogarmos sobre a implementação de um projeto que visa o envolvimento da juventude no enfrentamento da violência”, disparou.

Os secretários Rodrigo Coelho, da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Assistência Social, e Henrique Herkenhoff, da Secretaria Estadual de Segurança Pública foram convidados, mas não comparecerem.

Por Infojovem.

Do portal: www.ujs.org.br