segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dilma no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS)


O ato político “Amar e Mudar as Coisas para o Brasil Avançar”, realizado nesse sábado (24), no Ginásio do Cruzeiro, em Brasília, durante o 17º Congresso da entidade, confirmou que a UJS apoiará a atual presidenta da República, Dilma Rousseff, para a eleição presidencial de 2014. Durante o evento, Dilma anunciou que encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de participação popular no processo de reforma política.

Momento em que a militância da UJS monta uma bandeira gigante com o rosto da presidenta Dilma Rousseff
“Encaminhei ao Congresso uma proposta de participação popular para que todos possam participar do processo de reforma política. Estou convencida de que sem a força da participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige e necessita”, disse a presidenta em discurso no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS).

O ato foi apresentado pelo rapper Renegado e pela atriz Ana Petta e contou com a participação da presidenta da República; da deputada federal do Partido Comunista do Chile, Camila Vallejo; do presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo; do ministro da Educação, Henrique Paim; do secretário de Juventude do PT, Jeferson Lima; da secretária de Políticas Pùblicas de Juventude do PT, Severine Macedo; dos deputados federais pelo PCdoB Gustavo Petta e Alice Portugal; da presidenta da UNE, Virginia Barros; da presidenta da Ubes, Barbara Melo; da presidenta da ANPG, Tamara Naiz; e do presidente da UJS, André Tokarski.

A presidenta ressaltou a importância da educação no processo de desenvolvimento do país e fez questão de mencionar vários programas do governo na área, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além de citar os números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulgados na manhã deste sábado (24), quando foram registrados 9,5 milhões de inscritos.

A UJS apoia o governo Lula desde 2002 e, sequencialmente, o governo da presidenta Dilma Rousseff por representar a libertação de um ciclo histórico de desigualdade e injustiça. Ao longo desse último Congresso, que começou na quinta-feira (22), a UJS debateu com claridade os 30 anos da organização juvenil olhando para a história recente do Brasil. O que se observou foi que nos últimos 12 anos houve grandes avanços, especialmente para a juventude, com as políticas de Educação, a chegada de milhões de brasileiros à universidade com o Prouni, o Reuniu, a reserva de vagas, a ampliação dos IFETS, o Pronatec e a aprovação dos royalties do petróleo para o ensino público. Também houve grande avanço com a aprovação do Estatuto da Juventude, com as políticas de cultura, de esporte e de direitos humanos.

“Quanto mais nos aproximamos da campanha eleitoral, mas vai ser charmoso falar do papel da juventude do Brasil. Mesmo os que nada, ou quase nada, fizeram pelos jovens do nosso país, mesmo aqueles que já nasceram velhos vão se dizer empenhados de corpo e alma na luta dos jovens por um espaço no presente e um lugar no futuro. Mas é sempre bom perguntar onde esses se encontravam todos esses anos, quando nós começamos a mudar o Brasil, trabalhando ao lado daqueles que vinham sendo abandonados há tanto tempo?”, questionou Dilma Rousseff.

Sempre que houver uma bandeira da UJS, ali estará um jovem dedicado à luta pelo Brasil

“A UJS estará ao seu lado nos 27 estados do país. Aqui temos uma militância guerreira, incansável, que defenderá o nosso projeto nas ruas. Sempre que houver uma bandeira da UJS, ali estará um jovem abnegado, dedicado à luta por esse Brasil que estamos construindo juntos. Por isso, para enfrentar os poderosos, os interesses das elites financeiras, o oligopólio da mídia, as forças que impedem o avanço do Brasil, eu quero dizer: Conte conosco, presidenta! A nossa juventude está presente! A nossa juventude não falha!”

Foi com esse discurso que o presidente da UJS, André Tokarski, lançou o apoio à presidenta para as eleições desse ano. André lembrou que cerca de 500 mil jovens de todas as regiões participaram da construção do 17º Congresso em passeatas, debates, festivais e em diversas atividades. Durante esse processo, a entidade atingiu a marca de 200 mil filiados, consagrando-se como a maior organização política juvenil do país.

“Nós enxergamos em você, presidenta, uma pessoa que também dedicou a sua juventude à militância, uma pessoa que sonhou os nossos mesmos sonhos. Portanto, além de ser motivo de grande honra, para nós da UJS, receber a presidenta da República em nosso Congresso, estamos recebendo também a estudante do Colégio Estadual Central, de Belo Horizonte, a aguerrida militante do movimento secundarista, que atuou na base da UBES, a jovem de luta que enfrentou a ditadura militar, que foi presa, torturada, mas que não se entregou em momento algum. Uma jovem que foi responsável, com muitos outros, pela democracia que temos hoje no nosso Brasil”, reforçou André. 

Dois projetos. Dois lados

Esse será um ano de enfrentamento político porque serão colocados novamente dois projetos para o Brasil. Um projeto quer seguir avançando e leva em conta o que aconteceu nesses últimos 12 anos. O outro projeto quer voltar aos anos 1990. Renato Rabelo, presidente do PCdoB, explicou que esse a oposição quer novamente tentar a implantação de um Neoliberalismo tardio, sem levar em conta o crescimento do país nos últimos 12 anos, a distribuição de renda e os avanços sociais.

“Estamos em uma encruzilhada e temos que seguir adiante, nunca retroceder. Sabemos o papel importante que a UJS tem em nosso país e o qual é importante esse apoio para os avanços do país. Temos a convicção que vamos marchar para a quarta vitória do povo com a reeleição da Dilma Rousseff”, concluiu Rabelo.

Com 30 anos de luta, a UJS já tem maturidade suficiente para reconhecer qual é o projeto que não condiz com o que a juventude almeja. A UJS sabe muito bem o que o Neoliberalismo representou para a juventude, com o sucateamento da educação, o desemprego dos jovens e a falta de perspectivas.

“Para trás nós não vamos nem para ganhar impulso”


Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Antes de começar sua fala, a presidenta da República foi homenageada com um bandeirão que percorreu todo o Ginásio do Cruzeiro. Idealizado pela militância, a enorme bandeira apresentava o semblante de Dilma quando era militante em resistência à ditadura militar, sempre a frente de seu tempo. 

Em seu discurso, Dilma lembrou as conquistas da juventude em seu governo e apontou a UJS como o principal combustível para todos esses acontecimentos. Citou o Estatuto da Juventude, o Marco Civil da Internet e a recente batalha por uma reforma política que faça dos jovens protagonistas de seus sonhos e ambições.

“De fato, eu me vejo aqui. Eu me vejo aqui olhando para a minha memória e para meu passado. Mas, é importante dizer que, como vocês, nós tínhamos rumo. Sabíamos o que queríamos e que país queríamos construir. Hoje, nós aqui todos temos o nosso lado, o lado do povo brasileiro, das transformações do nosso pais, do nosso Brasil. É por isso que quando eu olho novamente para vocês, vendo uma gente tão comprometida e tão cheia de vida, eu não estou mais olhando para o meu passado, mas eu enxergo o futuro do meu país. Vocês são essenciais para essa construção”, afirmou.

Dilma reafirmou ainda que seguirá trabalhando para o Brasil avançar. “Nós juntos fizemos muito e agora vamos fazer muito mais. Esse é o único rumo possível para o Brasil avançar e nós seguiremos em frente porque para trás nós não vamos nem para ganhar impulso”.

Copa do Mundo

A presidente também falou sobre a Copa do Mundo, que tem início no dia 12 de junho, e reafirmou que o Brasil fará a Copa das Copas. "Tenho certeza que o país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade e do que fizemos. Não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-lata. Sei que vocês estão engajados na defesa da nossa Copa. Vamos mostrar a melhor Copa de todos os tempos".

Fonte: Vermelho

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Nenhum inocente, um culpado!

Após ler barbaridades sobre o fatídico caso do jovem que morreu após o jogo do Santa Cruz contra o Paraná/PR, na última sexta-feira (02/05), decidi me pronunciar. Não sou daqueles que acha o MAIOR absurdo do mundo, como se fatos e mortes em ocasiões como essa, fossem alguma novidade, especialmente aqui em Pernambuco. O sensacionalismo sensacionalista da mídia nativa e as punições severas da CBF, só acontecem por motivo da realização da Copa do Mundo no brasil. Pura eventualidade.

Muitos buscam apontar os culpados e os inocentes nesse incidente. Mas numa história como essa, que se repete há anos, quase décadas, não existem culpados, nem inocentes. Existe, na verdade um Culpado. somente um, o Estado brasileiro. Não quero saber se o jovem que morreu era torcedor de organizada. Se depredava ônibus e assaltava torcedores rivais. Não me importo se os jovens que cometeram esse brutal assassinato era diretores ou não de uma torcida organizada. Se faziam arrastões ou se brigavam nas ruas do Recife. Não quero saber, porque essa história é antiga e todos conhecem, mas sempre debatem, apenas, em momentos como esse de puro sensacionalismo midiático.

Digo que o responsável é o Estado brasileiro, porque há séculos, os jovens são excluídos de direitos básicos. A culpa é de quem não planejou uma Educação de Qualidade, acesso a cultura e a prática sadia de esportes, além de assegurar um lazer seguro. A violência no Brasil é uma cultura incrustada em nossa sociedade. Tudo é banalizado e servido pela mídia como cotidiano e natural. Esses jovens que se organizam em Torcidas Organizadas, além de serem excluídos pelo estado, são obrigados a conviver com a violência cotidianamente na periferia. Violência, inclusive, praticada pelo próprio estado. Aquele que financia uma polícia militarizada e despreparada. Que todos os dias cometem atrocidades, principalmente nas periferias e tendo os jovens como público alvo das suas investidas homicidas e desastrosas.

Meus pêsames aos familiares de Paulo Ricardo Gomes da Silva. E minha total solidariedade a Everton Felipe Santiago de Santana e toda sua família, que também são vítimas de um Estado que é ineficiente e opressor.

Mesmo assim, o futebol vencerá!